Após aprovação da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e sanção do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), nesta terça-feira, 5, a conhecida marmelada de Santa Luzia, um doce típico da região de Luziânia, agora é Patrimônio Cultural material de Goiás. O doce é feito com marmelos e chegou a Goiás no fim do século XVIII. A tradição foi passada de geração em geração pelos descendentes de quilombolas.
O Projeto de Lei é de autoria do deputado Coronel Adailton (PRTB). O reconhecimento é de extrema importância para o Quilombo Mesquita, no município de Cidade Ocidental. A cidade, inclusive, realiza a Festa do Marmelo anualmente no mês de novembro, época de produção do fruto. O evento une as zonas rurais e urbanas do município em atividades comemorativas em respeito à cultura do marmelo, englobando culinária, esporte e religiosidade.
A marmelada é doce conventual. Nasceu em meados do século XIII, criado por freiras portuguesas. Desde então, atravessou oceanos pelas mãos de grandes navegadores. O doce teria vindo com Pedro Álvares Cabral, na primeira caravela a chegar ao Brasil. Conta-se que até o imperador D. Pedro II não passava sem marmelada. E a preferida era feita num pequeno povoado de Goiás, chamado Arraial de Santa Luzia, agora conhecido como Luziânia. Lá, ainda hoje, pequenos produtores mantêm a tradição do doce, produzido artesanalmente em antigas fazendas da região, como a Pindaibal e a Comunidade Quilombola do Mesquita.
A Marmelada de Santa Luzia é feita com a polpa do marmelo, uma fruta típica das regiões temperadas que foi introduzida no Brasil pelos portugueses e acabou se adaptando ao clima da região de Luziânia. O doce pode ser experimentado de diferentes formas, com queijo, requeijão, abacate ou batido no liquidificador com leite.
FONTE
https://www.podergoias.com.br/materia/9156/marmelada-de-santa-luzia-e-reconhecida-como-patrimonio-cultural-imaterial-de-goias
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