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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Crônica do Dia - Fechamento


Estamos no final de mais um ano. Quantas coisas vividas! Tiveram as coisas que valeram a pena e aquelas que não gostamos de lembrar. Mesmo assim, tudo tem seu valor. Escrever sobre o cotidiano da vida é interessante, mesmo que ninguém leia, mesmo que poucos entendam e mesmo que seja chato ou difícil encontrar assuntos e as palavras certas, mesmo assim escrevo.

Parece que o ato de escrever desperta em nós uma certa vontade de fazer, de realizar as coisas. Nota-se que poucas pessoas escrevem. Vivemos em tempos de áudios. Sinto um pouco a falta da escrita. Anteriormente, escrevíamos mais. Era muito bom receber uma carta de alguém. Dos parentes ou das poucas pretendentes. Quando tinha uma carta em casa, com o meu nome no destinatário, me alegrava demais. As cartas de hoje em dia são aquelas indesejadas, sabe, as dívidas que eu já sei que tenho e que não precisava de carta de aviso, tais cartas não aprecio, que fique registrado.

Em tempos da moderna comunicação, as pessoas se contentam em ouvir. Sou um entusiasta da tecnologia, mas me apego também às tecnologias do passado. Quanto tempo faz que você não conversa ao telefone? Parece que os áudios do WhatsApp substituíram rápido demais as conversas. E quando os áudios veem cheios de informação ou de raiva? Repassamos um milhão de vezes até entender! Mas existe uma coisa boa: o registro da voz. Em uma ligação por telefone, não havia maneira fácil de gravar aquela voz. Hoje é ótimo poder ouvir a voz e guardar o áudio para poder ouvir novamente. Sugiro que faça isso com as vozes mais importantes da sua vida. Gostaria de ter um áudio de minha mãe, meu pai e tantas pessoas importantes da minha vida que não estão mais por aqui.

Quantos áudios você recebeu neste ano de 2023? E quantos você também enviou? Certamente vale o registro! Sobre quais assuntos você falou, brincou ou brigou? Algumas conversas devem ficar lá no passado, esquecidas para sempre. Outras valem a pena manter, guardar e rememorar. Isso é viver, é assim mesmo. Existem coisas que valem a pena lembrar e guardar e outras que devemos descartar.

Vivemos esperando dias melhores, já disse o poeta. Vivemos esperando. Assim os dias passarão, disse outro poeta. A certeza é de que virá, só não sabemos o que será. Que cada nova oportunidade de vida seja aproveitada da melhor maneira. Pode ser com muito trabalho, com um merecido descanso, com as merecidas férias, com uma internação breve no hospital etc. A certeza é de que os próximos dias virão. Não serão somente bons momentos, haverão dificuldades pelas veredas do tempo, disse um poeta. Fechamos um ano para abrir um inteiramente novo.


Arley da Cruz - 28.12.2023


terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Crônica do Dia - Luziânia 277 anos; cidade do futuro


    


A comemoração de mais um ano da cidade de Luziânia é um acontecimento a ser celebrado. Celebrar a cidade e as pessoas. Celebrar as tradições. Celebrar a nossa história, o presente e o futuro. Então existe justificativa para celebrar! São 277 anos de história. Do arraial de Santa Luzia no longínquo 1746 até a duo centenária Luziânia dos nossos tempos. Quanta água passou por baixo (e por cima, muitas vezes) das pontes de Luziânia. 

São inumeráveis as histórias de pessoas que chegaram, nasceram, viveram e morreram por aqui. Houveram tempos alegres e tempos terríveis. Boas e fecundas histórias de vida, mas também histórias de tragédias infames que preenchem as páginas dos diários luzianienses. Assim se fazem os milhares de dias de uma cidade histórica.

Na tentativa de trazer uma homenagem à nossa querida cidade de Luziânia, muitas vezes me esbarro em relatos tão chocantes, de tantas coisas ruins que já foram escritas e que preenchem as páginas do tempo que fica difícil escolher em qual deveria me atentar. Desta feita prefiro não buscar os fatos passados, mas realizar uma tarefa de previsão dos tempos, daqueles dias que ainda virão sobre a cidade e em consequência sobre nós que talvez aqui estejamos presentes.

Mas é realmente difícil realizar uma previsão. Tentemos. A cidade de Luziânia possui enorme potencial de progresso. São mais de 211.000 habitantes em nossa cidade. Uma cidade com um território imenso e crescimento exponencial. Olhando diretamente para o futuro próximo, Luziânia poderá ser uma referência na área de educação. De acordo com o Censo INEP 2022, são quase 36.000 alunos matriculados nas escolas e colégios do município. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nos anos iniciais em Luziânia está na média 6, um bom índice, considerando que no Brasil a média é de 5,5. Existe importantes investimentos em educação a nível municipal e estadual e promessas de mais investimentos por parte do Governo Federal. Posso prever investimento em implantação de creches e escolas nos bairros mais afastados, como o Jardim São Paulo, que não possui unidades escolares. Uma região da cidade que merece investimentos de toda sorte e poderá ser melhor aproveitada, beneficiando diretamente os moradores de toda a região.

Os planos para educação devem constar das pautas políticas para o ano eleitoral de 2024. Político que insistir em pautas ideológicas em vez de realmente apontar soluções de futuro certamente terá péssimos resultados nas urnas, o que de fato é uma coisa boa. Debates desinteligentes sobre doutrinas políticas precisam perder espaço quando se pensa em futuro. A convergência de pensamentos é uma alternativa contra aventureiros eleitorais que nada agregam no campo de futuro de uma cidade tão importante quanto é Luziânia.

Outra área riquíssima e que ainda não merece a atenção merecida é o turismo. Infelizmente nosso patrimônio histórico tem sofrido com o descaso. Casarões centenários simplesmente desaparecem misteriosamente atrás de muito fogo e fumaça. No futuro imediato, a preservação do que ainda está de pé como patrimônio histórico é essencial para ainda atrair visitantes interessados no nosso facultoso período colonial. Veremos a reforma da nossa Praça das Três Bicas, Praças Evangelino Meireles, Nirson Carneiro Lobo, Gelmires Reis e outras. Criação do Parque Ecológico no distrito do Jardim Ingá. Investimentos em acessibilidade popular aos Lagos Corumbá III e IV e ao parque aquático, hoje de acesso inviável a grande maioria da população da cidade. Incentivos e investimentos em feiras e eventos da indústria, comércio, educação ambiental, eventos esportivos etc.

Na tapeçaria de sonhos que traço sobre o futuro de Luziânia, apenas arranho as infinitas possibilidades. Vamos avançar na inovação tecnológica, saúde pública, desenvolvimento sustentável, segurança, oportunidade de trabalho, políticas públicas e sociais, cultura, esporte e lazer, formação acadêmica e pesquisa científica, parceria pública com a UEG, transporte, logística, infraestrutura e acessibilidade, participação cidadã, aperfeiçoamento de lideranças nos bairros, investimento no aeroporto da cidade, progresso estrutural nas regiões rurais, avanço no comércio do Jardim Ingá, batalhão ambiental e muito mais.

As difíceis previsões de futuro talvez demorem um tempo a chegar, mas chegarão, aguardemos com viva expectativa os novos capítulos da história de nossa Luziânia no alto de seus 277 anos. Vamos alegrar por tudo que já foi feito até aqui e das pessoas que forjaram com muita luta a história de nossa cidade. Talvez eu nem mesmo veja tais avanços que almejo ou até mesmo os retrocessos que também fazem parte de nossas vidas. Mesmo assim sustento o otimismo de que veremos uma nova alvorada chegar sobre nossa cidade e os anos que virão iluminarão nossa cidade quando tudo for novo de novo.


Arley da Cruz - 13.12.2023


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